sábado, 4 de outubro de 2008

Sobre amor, cachorros e separação ...


Hoje vou escrever sobre um assunto que nunca vi ninguém falar em blog de noivas – os animais de estimação.

Muita gente tem uma iguana, um periquito, um peixe, uma tartaruga, um gato, um cachorro, mas ninguém fala do fato de deixá-los na casa dos pais quando for pra nova casa, pra nova vida.

Desde pequena eu tenho grande amor pelos pequeninos animais, pegava aqueles cachorrinhos sarnentinhos de rua e levava pra casa, cuidava de passarinho que caía da arvore, fazia carinho nos gatos de rua ... e deixava minha mãe doida com isso, e era um chororô danado quando ela dizia que não poderíamos ficar com o bichinho e que eu teria que devolvê-lo a quem quer que seja que me tenha dado ou onde quer que eu o tenha pego.

Acho até que ao invés de ter feito Direito, deveria ter feito Veterinária e me especializado em animais de pequeno porte, mas enfim neah ...

Já tive muitos cachorros, só não tive um “pintcher”, não tenho nada contra, mas ele parece um morceguinho sem asas, embora não tenha a mínima vontade de ter um , respeito e acho ate engraçadinho aquela coisa mínima latindo como se fosse um pit Bull.

No auge dos meus 18 anos, quando minha querida vovó foi pro céu das avós e avôs, eu me senti muito sozinha , afinal ela ocupava meu tempo todo, e na mesma época uma colega minha estava dando o poodle dela, o Snoop, ta certo que ele já tinha um ano e era um pestinha, mas eu resolvi arriscar.
Meus pais deixaram, e eu trouxe o Snoop pra casa. Sacinhora, que fiasco que foi aquilo, ficamos com ele mais ou menos uns três meses,e foi o suficiente para ele transformar nossa vida num circo, era teimoso, fazia xixi em cima da cama da minha mãe e eteceteras do tipo. Uma bela manhã acordei e soube que meu pai tinha dado o Snoop pra um casal que tem uma casa no campo, e lá ele teria um bom espaço pra brincar.

Depois disso, tirei da cabeça a idéia de ter um animal, a não ser que fosse um peixe ou algo que não fizesse suas sujeiras em cima da cama dos meus pais.
Via os cachorrinhos na rua, e a vontade de trazer pra casa era a mesma de quando eu tinha seis anos, mas sabia que não ia dar certo.

Certo dia, soube que minha mãe ia ficar com a filhotinha da cachorra dum amigo do meu pai – uma poodle.

Não dei corda, não me empolguei pq nem sabia se era verdade, e a vida segue neah, com cachorro ou sem cachorro, e um belo dia, quando cheguei da faculdade em plenas meia noite duma quinta feira, a casa toda acordada, uma caixinha de papelão minúscula no meio da sala e meus pais e minha irmã babando em volta.
Cheguei perto e vi, aquela bolotinha branca, andando dum lado pro outro. Fazendo charminho sem saber, e ali, me rendi aos encantos daquele pequeno ser, que eu não sabia, mas seria uma das criaturas mais importantes da minha vida.

O próximo passo era escolher um nome, e entre “Floquinho” e ”Belinha”, acabamos escolhendo Marie.

E naquela noite, minha mãe teve a brilhante idéia de colocar a Marie baby em sua caixinha e embaixo da janela, embaixo da MINHA JANELA.
Tres horas da manha e o baby chorando , aquele chorinho dolorido de cachorrinho que ta sem a mãe na primeira noite.
Eu ia trabalhar na manhã do dia seguinte, e eram três da manhã, eu acordava as seis e nada da Marie parar de chorar.
Fui lá fora, peguei a caixa e a Marie, coloquei no meu quarto , e o choro continuava, tirei ela da caixinha, coloquei em cima da minha cama, e ela veio toda alegrinha querendo brincar, e naquela noite ela dormiu colada na minha barriga, coberta pelo edredon e mordendo meu dedo.
E depois disso, a Marie nunca mais foi pra fora de casa, virou um membro da família, a única coisa que ela não fa é se sentar à mesa conosco na hora das refeições, mas mesmo assim, participa delas, porque enquanto comemos nossa comida cheirosa, ela se revolta e vai comer ração em seu potinho.

E ela cresceu , e hoje é uma lady com seus dois anos e dez meses, porque ela faz niver dia 12 de novembro.

Não tem uma manhã que ela não vá ate minha cama me lamber quando eu acordo, e é aquela lambida boa na cara, como quem diz “ Bom dia Mamãe !!!”. porque eu sou a mãe dela, sim , sou mãe duma cachorrinha.
Não tem um dia que ela não faça festa quando alguém de casa que estava na rua chega, ela rodeia, se embrenha nas nossas pernas fica fazendo barulhos de quem quer chamar atenção.
Ela nunca destruiu um sapato, nunca mordeu um móvel da casa, a diversão dela é ir passear de carro, ou a pé mesmo, e brincar com uma das 885498153 mil bolinhas que ela tem.

Ela é manhosa como eu mesma sou.

Ela me entende quando estou triste, deita ao meu lado na cama e fica me olhando , baixa as orelhas e fica ali quietinha, sem bolinhas, sem gracinhas, sem nada. Quando choro, me olha e lambe meu rosto todo, como um pedido de não chore ou como quem quer dizer, estou aqui com você para tudo.

Enfim, ela transforma meus dias.

Vocês podem pensar, mas ela é só uma cachorrinha, e eu digo, não , ela não é só uma cachorrinha, ela é meu amor de estimação, meu bebe, minha coisinha mais fofa.

A Marie vai viver bem uns quinze anos, vai ter festinha debutante e tudo mais.

Porém , há umas duas semanas, eis que chego eu em casa depois do serviço e minha mamys mau espera eu passar pra dentro e diz “ Julia, tenho uma notícia bem ruim pra te dar!”
Meu coração parou, pensei em diversas coisas, mas ela nem deu tempo pra eu processar meus pensamentos.
- A Marie teve uma convulsão , e to lendo aqui na internet, talvez tenha que castrar pra ela não ter isso de novo.
Perguntei se isso ia matar ela, e graças a Deus não, o único lado ruim é que eu jamais teria o baby da minha filhota e ela vai ter que tomar Gardenal pra poder conter isso.
Depois dessa convulsão ela teve mais quatro !!!
Eu presenciei duas, uma as três e meia da manha no meu quarto, acordei assustada com ela gritando , tremendo , o Pablo não sabia quem acudia, se era eu ou ela.
Ela tremia e parecia querer entrar dentro da parede. Ele pegou ela no colo, fez carinho no “Monstrinho” – que é o modo carinhoso que ele chama ela e ela atende.
Fez carinho , cuidou dela, me acalmou e ainda colocou ela na cama pra ela dormir com a gente na cama. Aquela noite não dormimos direito. E no dia seguinte , de tarde ela teve outro ataque, dessa vez eu vi, meu Deus que tristeza viu , ver ela passando mau e não poder fazer nada.
Essa semana levo minha nenê no veterinário, minha nossa senhora dos cachorros doentes, eu não sei o que faço se acontece alguma coisa com essa menina.

E sabem que que é o peor de tudo isso ???

Eu não vou poder levar ela pra minha casa quando eu e o Pablo nos casarmos.
Ele disse que se eu quiser ele me deixa ter um hipopótamo na sala, e se a Marie puder ir ele não vai ligar. Mas se não puder levar a Marie não quero mais nenhum amor de estimação não !!!

Conversei em casa, disse que poderíamos entrar com uma divisão de guarda.
Mas pergunta se eles gostaram da minha idéia? Não , eles não gostaram , disseram que a pequena Marie não sai de casa de jeito nenhum.
Confesso , que vou sentir uma falta lascada dela, minha amiguinha, meu ursinho de pelúcia, meu bebê, meu xuxu, tanto é que vou vir ver ela sempre.

* Nesse momento ela está deitada em cima do meu travesseiro e só levantou os olhinhos pra me ver quando eu chamei ela pelo nome, e voltou a dormir !!!

E vocês, que farão quanto ao amor de estimação de vocês ???
Vão levar, vão deixar em casa, vão dividir a guarda ... ???

Eu não sei não, mas quero minha Marie comigo !!!

Bjos e bom fim de semana pra todos que passarem por aqui .

* P.S -> A modelo da foto ali em cima é ela, um xuxuzinho neah ?!?!

4 comentários:

Lu disse...

Olá...

Primeiro, obrigada pela força! To aqui pegando forte com Deus e meu Sto. Antonio para que dê tudo certo. Vou rezar por vocês aí também. Hehe!

Não tenho bichinho de estimação, mas cuido da cachorrinha que fica na casa da vovó e sei o que é isso. Várias idas ao veterinário e a descoberta que o câncer dela tinha que ser retirado a pressas. O coração na mão já que a última ida a um veterinário foi desastrosa (ela ficou triste e parou de comer e o veterinário $#@%&!* não ligou para avisar e deixou ela sem comer por 20 dias - absurdo!).

O bom foi que dessa vez ela foi super bem cuidada, ficou amiguinha de alguns funcionários, mordeu vários (ela se acha pitbull - é um basset bem peq.)e ficou felicíssima quando me viu... aí, vi que a amo muito! Ela ri para mim, senta do meu lado no quintal da vovó quando eu to pra baixo, esconde na casinha quando to brava e me pede biscoito - juro: pede biscoito maizena!

E falei isso tudo porque sei que vai ficar tudo bem. A Sofia (ela chama Sofia... Sofia Loren!) toma remédio para o coração e controla as convulções até hoje. Já tem 10 aninhos e tá com cabelo branco. Mas tá lá, firme e forte... nem parece que tá doentinha do coração. E vai morrer de velhice... (e eu vou chorar demais!).

Então, fica triste não! E você, com jeitinho, pede a família, de presente de casamento, a Marie! Porque a pedido de noiva ninguém diz não! Põe na sua lista de presentes assim... despretensiosamente... e faz um draminha com olhos marejados e tal...
E no dia de ir para casa vão você, o noivo e a Marie... uma "nova" família feliz!

To na sua torcida!

Bjos...

PS.: Eu te adicionei lá na minha lista das que leio... Bjim

Andréa Paes disse...

Oi, Julia!
Primeiro... meeeeeeeooo deoooooosssssss... amei seu coment lá no meu blog!! :)) Lindooooooo!!
Agora o seu post.
Pois é... sempre que vejo alguém que mora com os pais, sair de casa pq casou, o bichinho fica com os pais. Eu fico numa dúvida enoooooorme. Pensa assim: os pais "perdem" a presença constante da filha. O "filho" fica sendo o bichinho de estimação. É um carinho que vc faz nos seus pais, deixando a sua fofinha com eles. E sempre que quiser, vc a visita e ainda vê os seus pais.
Por outro lado, sei que a companhia desses peludinhos é tudo de bom! Tenho um lhasa e ele é a alegria da casa! Sem ele, mesmo sendo um destruidor, um "monstrinho"(se quiser, leia os casos no meu multiply...rs), nosso lar seria menos alegre.
Então... vc... numa nova vida... uma nova e escolhida companhia... e seus pais, sem vc... Não vale a pena deixar a Marie com eles?
Um grande abraço!

Anônimo disse...

Oi Jú,

Também tenho uma poodle fofinha, é a Melzinha... ela é uma graça, mas é super bagunceira e meio maloqueira, rsrs...
Meu noivo já disse que não quer ela lá no nosso apartamento e eu estou me conformando. Gosto muuuuuito dela e, se ela não fosse tão bagunceira eu até insistiria com ele mais um pouco, mas acho que realmente não vale a pena levá-la, porque ela vai passar o dia inteiro sozinha e, isso é sinônimo de confusão. Vou deixá-la na casa da minha mãe e, nos finais de semana vou visitá-la, rsrs...

Beijossss,

Livia

Um presente para nós dois disse...

Ixi, meu noivo é louco por cachorros, ele ama, quando ele chega lá em casa é uma farra danada pq minha cachorra que tb é uma poodle(mala por sinal) simplismente é apaixonada por ele, o engraçado é que ela quando escuta a voz dele pula, corre e faz xixi pata abaixo kkkkkkk.

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